E um dia... resolvi que... este blog seria o meu caderno de receitas entre as minhas e as dos outros claro, que seja uma ajuda para quem gostar e precisar... para mim é um prazer. "Cozinhar é simultaneamente uma brincadeira de crianças e um prazer de adultos. Cozinhar com zelo é um ato de amor". Craig Claiborne
Acerca de mim
- Carmen Rodrigues
- O homem é um animal social e como tal tende a basear a sua vida no relacionamento com os outros.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Férias 2011
As minhas férias de Verão, foram maravilhosas!!!
Para além de rever familiares e amigos, amigos de verdade, conheci alguns locais que quero partilhar aqui.
YBOR CITY
Ybor City é um bairro histórico em Tampa, Florida situado a nordeste do centro da cidade. Foi fundada em 1880 pelos fabricantes de charuto e era habitado por milhares de imigrantes, principalmente da Espanha, Cuba e Itália.
O bairro tinha características incomuns entre os contemporâneos de imigrantes comunidades no sul dos Estados Unidos, mais notavelmente sua população multi-étnica e multi-racial e suas muitas sociedades de ajuda mútua.
Um êxodo lento para fora da área, começou durante a Grande Depressão e acelerou após a Segunda Guerra Mundial, levando a um período de abandono e decadência.
Depois de décadas de negligência, uma parte do bairro original foi reconstruído em clubes nocturnos e de entretenimento.
Um dos cinco campus da Hillsborough Community College está localizado HCC em Ybor City.
O bairro tem sido designado como um marco histórico nacional e distrital, e várias estruturas na área estão registados no Registo Nacional de Locais Históricos.
Em 2008,a 7th Avenue, a principal via comercial em Ybor City, foi reconhecida como uma das “10 grandes ruas da América” pela Associação para o American Planning Association (Planeamento Americano).
Em 2010 o Columbia Restaurant foi nomeado um “Top 50 ícone All-American” pela Nation’s Restaurant News magazine
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
DITOS E DIZERES
Falam de mim: deixo falar!
Criticam-me: deixo criticar!
Julgam-me: não tenho nada a ver!
O principal é: eu sei o que valho!
O que dizem os outros, não me importa!
Não toquem nas pessoas que "EU AMO" porque então aí sou intratável!!!... mesmo.....
"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho
questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada
e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior
alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto..."(Fernando Pessoa)
MÃE É MÃE...
Ana foi renovar a sua carta de condução. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar
-"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
-" Claro que tenho um trabalho", exclamou Ana. -"Sou mãe".
-"Nós não consideramos "mãe" um trabalho. Vou colocar Dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até ao dia em que me encontrei em situação idêntica...
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
-"Qual é a sua ocupação?" Perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
-"Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem...
Eu repeti pausadamente,enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
Posso perguntar", disse-me ela com novo interesse, "o que faz exactamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
-"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
Sou responsável por uma equipa (a minha família) e já recebi quatro projectos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, levantou-se e pessoalmente foi abrir-me a porta.
Quando cheguei a casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipa: - uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
Do andar de cima, pude ouvir o meu mais recente projecto (um bebé de seis meses), a testar uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante.
Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas "Doutora-Sénior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As bisavós: "Doutora- Executiva-Sénior".
E as tias: "Doutora - Assistente".
Mande isto às futuras mães, às mães, avós, bisavós e tias que conheça.
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras.
Doutoras na Arte de fazer a vida melhor!!
O REGRESSO
Hoje 24 de Setembro é so um regresso leve, mas prometo não deixar morrer este meu blog criado com algum carinho.
Evolução
Arde o corpo do sol, brotam feixes de luz:
O que é a luz?
Sol que morreu.
Dardeja a luz, dardeja e pulveriza a fraga:
Vai nesse pó, que há-de ser terra,
A luz extinta.
Gerou a terra a seara verde:
Hastes e folhas da seara verde
Comeram terra.
A seara é grada, o trigo é loiro:
Deu trigo loiro,
Morrendo ela.
O trigo é pão, é carne e é sangue:
Sangue vermelho, carne vermelha,
Trigo defunto.
Em carne e em sangue, eis o desejo:
Vive o desejo,
De carne morta.
Arde o desejo, eis o pecado:
Que são pecados?
Desejos mortos.
Queima o pecado o pecador:
Nasceu a dor; findou na dor
Pecado e morte.
A alma branca, iluminada,
Transfigurada pela dor,
Essa não vai à sepultura
Porque é já Deus na criatura,
Porque é o Espírito, é o Amor.
Na vida vã da terra sepulcral
Só o amor é infinito e só ele é imortal.
Morreu a luz, pulverizando a fraga,
Morreu a poeira, alimentando a seara;
Morreu a seara, que gerou o trigo;
Morreu o trigo, que deu vida à carne;
Morreu a carne, que nutriu desejo;
Morreu desejo, que se fez pecado;
Morreu pecado, que floriu em dor;
Morreu a dor, para nascer o Amor!
E só o Amor na vida sepulcral
É infinito e é imortal!
Guerra Junqueiro, in 'Poesias Dispersas'